
Hoje, dia 22, iniciou-se, de fato, o verão no hemisfério sul. E, somado ao calor e ao início de recesso, é automático nosso pensamento, como brasileiros, na praia e, mais precisamente, no biquíni. O traje de banho é característico de nosso país e sempre estamos acompanhando novidades, cores e novas tecnologias em sua confecção, mas e sua história? Vocês já conhecem? Continuem lendo para descobrir de onde surgiu!
Registros arqueológicos foram encontrados na Itália, com a deusa Vênus usando o biquíni de duas peças e curtinho, como o conhecemos. Porém, há outra história, um pouco mais moderna, sobre sua criação, desenvolvimento e popularização. A partir de 1920, exibir a pele passou a ser considerado um pouco menos ousado. Em 1930, as costas e as laterais do corpo passaram a ser mais expostas no dia a dia, como os maiôs recortados de Claire McCardell e algumas aparições de trajes de banho de duas peças. Todavia, em 1934, com o código Hays – um conjunto de regras em vigor em Hollywood -, a exibição de umbigos em filmes passou a ser proibida, daí o aparecimento do que hoje chamamos de hot pants, comprimento que vai até a cintura.



Com o final da Segunda Guerra, em 1946, dois estilistas tentaram criar uma roupa de banho inovadora, Jacques Heim com o “atome” e Louis Réard com o “le bikini” – que ganhou fama. Sua criação teve inspiração na ilha Bikini, nos Estado Unidos, local onde testavam bombas nucleares, pois também considerava sua invenção explosiva. Por saber que era escandaloso para a época, estampou sua peça com jornais, sabendo que logo seria manchete, e sua aparição foi através de Micheline Bernardini em uma piscina pública em Paris, nenhuma modelo havia aceitado usar. No Brasil, sua popularização começou nos anos 1940 e foi visto publicamente em 1948 por Miriam Etz. A musa inspiradora de “Garota de Ipanema”, Helô Pinheiro, também foi uma das primeiras a usar o tal biquíni. O mais interessante é que, o que hoje em dia mais vemos na praia, antigamente era até proibido dependendo do lugar! Já imaginaram?



Em 1960, ficou mais conhecido e seu uso começou a se intensificar, ganhando ainda mais popularidade em 1970, sendo feito também em crochê. Demais, né? Já no final do milênio, diversos modelos começaram a ser produzidos, desde os simples e esportivos até os mais ousados, como o desfilado pela Chanel em 1996. Outra coisa que passou a acontecer, foi sua presença nas passarelas. Além disso, muitos designers passaram a investir, além dos biquínis, em acessórios para acompanhar o look, como saídas de praia, chapéus e cangas. Hoje em dia, além de ser a peça número um na mala de verão, os biquínis estão invadindo, também, o dia a dia, compondo looks mais casuais e não se restringindo à beira-mar. O mundo dá voltas mesmo, né?




E aí, já conheciam a história da nossa peça mais popular? Qual modelo é o preferido de vocês?
Beijos, H.