
Depois de um ano inteiro marcado por tendências que valorizavam visuais polidos e destacavam estéticas como clean girl e quiet luxury, a moda agora começa a seguir uma direção oposta, explorando territórios fora do comum, inspirando-se na contracultura e no underground, e abrindo espaço para o estranho e o excêntrico. Assim, deixa de lado a busca pela perfeição que todos tentavam alcançar.


O termo ugly fashion, apesar de recente, chega ao universo da moda como uma forma de definir peças e estéticas que rompem com os padrões de micro e macro tendências que, até pouco tempo atrás, considerávamos bonitas. Agora, no entanto, abre-se espaço para uma maior busca por identidade e personalidade. Apesar de polêmico e de dividir opiniões, esse movimento da moda “feia” traz peças como as botas Tabi, Crocs, jaquetas puffer e a mistura de volumetrias e camadas para as propostas do street style, construindo novas silhuetas e uma imagem de moda urbana e criativa.




Depois de um período em que tendências e estéticas surgiam e desapareciam cada vez mais rapidamente, o estranho e o excêntrico ganham força. Esse movimento se manifesta por meio de um styling que explora a combinação de peças delicadas com outras mais pesadas, acessórios chunky com sapatos sociais e cores e estampas que, segundo as regras tradicionais, não seriam usadas juntas, mas que agora adquirem um caráter fashion e desconstruído nas imagens de moda.




Aos poucos, a moda começa a abrir cada vez mais espaço para o novo e a olhar para lugares que muitas vezes são deixados de lado, dando vida a novas estéticas e propostas que dialogam com diversos tipos de pessoas e nos convidam a ser mais criativos, além de termos mais liberdade para nos expressarmos por meio do estilo e da nossa identidade visual. Confesso que acho incrível essa mudança de comportamento, principalmente depois de um período marcado por tantas tendências rápidas, que agora vão cedendo espaço para mais autenticidade. O que vocês acham?
Beijos, H.