
Na noite de segunda- feira, 15 de Abril, Maria Grazia Chiuri apresentou sua coleção Pre-Fall 2024 pela Dior. Inspirada pela cidade de Nova York e o seu sonho de conhecer o roteiro quando era mais nova, o desfile mistura as técnicas da alta-costura francesa com os signos de uma das maiores cidades do mundo.


O palco escolhido para a apresentação foi o Brooklyn, um dos bairros que mais se relacionam com a música e a arte. A escolha dos Estados Unidos por Maria Grazia não foi aleatória, já que o país marcou a abertura da primeira loja do prêt- à-porter de Christian Dior lá nos anos 40 e também o surgimento do termo “New Look” usado para se referir até hoje a silhueta “triangular” criada por Dior.


Agora falando da coleção, todos os looks e construções fazem homenagens e referências ao criador da Maison e a cidade de Nova York. No geral, a cartela de cores é bem sóbria, com muito preto, branco e tons acinzentados. Já as silhuetas tem uma construção mais clássica e alongada, contando com muita alfaiataria, vestidos em comprimento midi e um mix de códigos tanto femininos quanto masculinos nos looks. Cinturas marcadas fazem referência ao New Look seja em conjuntos com saias ou em macacões de couro, a coleção traz uma sensação nostálgica, como se já tivéssemos visto tudo isso antes, mas agora apresentada de forma repaginada.




Entre todas as referências de Nova York nos looks, estão o conjunto de treino com a bandeira dos EUA em uma padronagem desconstruída. Além disso, também tem homenagens à personalidades famosas que construíram uma relação com a maison e com seu fundador, um exemplo são os looks com camisa e gravata, que fazem referência a atriz Marlene Dietrich, conhecida pelos seus conjuntos sociais. As estampas da Estátua da Liberdade e da Torre Eiffel juntas também estão presentes nas peças, promovendo essa relação próxima entre as duas nações que são muito ligadas pela moda. A estética dos anos 40 também é presente nos vestidos decotados. Já nos looks com franjas e lantejoulas, á inspiração surge á partir das melindrosas nos anos 20.






Maria Grazia Chiuri consegue traduzir bem a trajetória de Christian Dior. O desfile faz com que possamos relembrar os momentos mais icônicos na história da Maison e o quão importante ela é para o mundo da moda. Por mais simples que a coleção seja, ainda assim, ela consegue tocar os nossos corações apaixonados por moda. Emocionante, não é?
Beijos, H.