
A New York Fashion Week chegou ao fim nesta terça-feira, 11 de fevereiro. Depois de uma semana inteira marcada por diversas coleções únicas, que trazem inovações e novas ideias tanto nas casas mais tradicionais quanto nas marcas emergentes, o evento foi encerrado com a apresentação de Thom Browne, que sempre consegue atrair ainda mais atenção para Nova York com suas coleções fora do comum e cheias de fantasia.


Tirando suas referências dos lugares mais diversos, ele já se inspirou em contos e livros conhecidos para dar vida às suas roupas. No entanto, desta vez, Browne aposta no origami como ponto de partida para suas peças. Fugindo do minimalismo, que parece ganhar cada vez mais espaço nas passarelas americanas, a marca investe em uma cartela de cores sóbria, trazendo o cinza característico da grife em uma proposta maximalista, que passa longe de qualquer estética básica.


As silhuetas da coleção encontram sua dramaticidade nos volumes criados com crinolinas e ancas, além da proposta inspirada no power dressing, com ombreiras que ganham um volume arredondado e teatral nas peças sociais. Além disso, as texturas das roupas e as sobreposições contribuem para criar esse olhar lúdico nas coleções, fazendo com que as peças pareçam ser feitas por colagens, onde as modelagens se sobrepõem umas às outras. Ainda assim, é possível observar criações que equilibram simplicidade e sofisticação, principalmente nos conjuntos de alfaiataria, nos quais o designer brinca com tecidos acetinados, trazendo uma reinterpretação mais contemporânea.






Thom Browne traz um respiro excêntrico para a semana de moda. Depois de observarmos propostas cada vez mais polidas, a dramaticidade surge como um toque de rebeldia, trazendo uma mudança contidamente radical nas peças clássicas do vestuário americano, mas de forma bem mais ousada e criativa, dialogando com a busca por originalidade que tanto desejamos ultimamente.
Beijos, H.