Hoje chegamos ao quinto dia de apresentações da Paris Fashion Week, marcando o fim próximo desta temporada de moda verão. E nesta sexta-feira, quem abre o dia é a Loewe, com seu caráter divertido e qualidade única sob a direção criativa de Jonathan Anderson, que explorou os volumes de forma inovadora e excêntrica.
Fundada em Madri, a Loewe nasceu em 1846 com uma dupla de artesãos espanhóis que se juntou a Enrique Loewe, um comerciante alemão, para criar artigos de couro e camurça de alta qualidade. A marca rapidamente ganhou reconhecimento e chamou a atenção do público, incluindo a realeza espanhola, que mais tarde concedeu à Loewe o título de Fornecedora da Casa Real da Espanha. A partir daí, a Loewe continuou a crescer e inovar em seus designs, consolidando-se como um símbolo de elegância e luxo. Seu auge foi alcançado com a entrada de Jonathan Anderson, que transformou a grife em um objeto de desejo, especialmente entre os mais jovens, fazendo com que suas criações se tornassem verdadeiros virais na internet.
Agora, falando da coleção que marca o décimo ano do estilista na direção criativa da Loewe, o desfile começa com estampas florais em vestidos bem estruturados e volumosos, criando uma dualidade com o tecido leve usado nas peças. Essa silhueta com volumes criativos se repete ao longo de toda a apresentação em diferentes partes das roupas, aparecendo em jaquetas, vestidos mini e longos, além de saias e casacos que parecem estar suspensos, graças à estrutura mais rígida. Isso brinca com a proporção das peças e causa uma certa estranheza, especialmente na alfaiataria, que surge de forma desconstruída, com mangas bem alongadas e calças drapeadas e soltas.
Olhando para o passado e adaptando-o ao presente, Jonathan Anderson traz à Loewe um respiro leve e divertido durante a semana de moda, mantendo a essência refinada e de alta qualidade da marca, mas com características atualizadas que chamam a atenção de diferentes gerações e mantém a etiqueta espanhola no radar da indústria.
Beijos, H.