No terceiro dia da Paris Fashion Week, a marca que tem em sua essência o surrealismo apresentou seu desfile de prêt-à-porter sob direção criativa de Daniel Roseberry. Sim, estamos falando de Schiaparelli! Desde a coleção de inverno o estilista tem reforçado a ideia de construir um guarda-roupa completo sem perder sua identidade dramática, surreal e espetaculosa. Essa escolha não torna os designs menos complexos, mas os afasta da alta-costura para se inserir melhor no cotidiano das clientes.
É possível visualizar essas aproximações no blazer com ombros exagerados, nos conjuntos de colete e bermuda, nas experimentações com jeans, nas blusas ultra ornamentadas e, inclusive, na malharia com calcinha à mostra.
Os acessórios não ficaram de fora! Assim como os clássicos scarpins e botas com uma placa dourada marcando os dedos na parte da frente, dando um efeito trompe l’oeil, agora existe a versão em tênis. So cool! Também, o uso de fita métrica como colar ou o formato de um torso feminino como tote bag e, ainda, os aviamentos dos blazers em formatos de bocas, orelhas e olhos.
Elsa Schiaparelli, fundadora da marca, nunca é esquecida por Roseberry, tendo referências a criações que ela desenvolveu, como o famoso vestido esqueleto em colaboração a Salvador Dalí em 1938, as estruturas ósseas que sempre foram objetos de estudo da estilista e as famosas lagostas que apareceram como acessórios ou como parte da estrutura das roupas.
O designer adora brincar com a ilusão do que vimos, o vestido final desfilado por Kendall Jenner, que parece ser feito de diversas unhas postiças pintadas de vermelho, é mais um exemplo dessa visão surrealista que a maison sempre busca em seus desfiles.
E aí? Qual peça da nova coleção da Schiaparelli você usaria no seu dia a dia?
Beijos, H.