Com um cenário que já é tradição, tão radiante quanto a Torre Eiffel, é impossível não voltarmos os olhos para o desfile da Saint Laurent! Além do ícone da cidade de Paris, também compuseram a passarela algumas placas de mármore que irão revestir as lojas da marca daqui para frente. A inspiração para a coleção de Anthony Vaccarello foram algumas pioneiras em cargos antigamente considerados masculinos, com o conceito da aviação e do utilitarismo de forma a revisitar as “sahariennes” e jaquetas de safári que Yves desenvolveu para alavancar o espírito libertador dos anos de 1960.
Foi em 1967 quando a jaqueta Saharienne apareceu pela primeira vez e, um ano depois, foi estampada na capa da Vogue pela supermodelo alemã Veruschka; a peça prática, esportiva e utilitária estava começando a fazer parte do guarda-roupa feminino. Na coleção de agora, no entanto, Vaccarello buscou os arquivos da alta-costura de 1996 – olha aí os anos 1990 aparecendo em mais um desfile! -, com botões dourados, ultra acinturada e bolsos e ombros em evidência, para dar a partida em suas criações.
As peças apresentadas mesclam calças e macacões cargo e peças em sarja estruturadas, em tons terrosos, areia, cáqui, oliva e preto, com vestidos tipo slip dress de cetim e peças de chiffon em silhuetas mais soltas e esvoaçantes.
Um aspecto muito interessante da marca foi a presença de diversas modelos com idades superiores a 50 anos na passarela, o que demonstra o conhecimento do diretor criativo com o seu público e o por quê da mulher madura e da Saint Laurent conversarem tão bem entre si, o que é visto dentro e fora do desfile! Vaccarello nos mostrou o que é se adequar às tendências sendo fiel a sua essência.
Relembrando os tempos, além da trilha sonora, teve Catherine Deneuve narrando os looks com os seus respectivos números à la alta-costura dos anos 60.
O que acharam do utilitarismo elegante e maduro apresentado?
Beijos, H.