
Ontem, dia 30 de julho, chegou ao fim a semana de desfiles da Casa de Criadores. Um dos maiores e mais importantes eventos do país, a Casa de Criadores tem como objetivo promover os novos estilistas de moda nacional e também trazer visibilidade às suas etiquetas. Com o tema “Catarse”, a 54ª edição contou com a participação de grandes nomes em ascensão na moda brasileira, usando diversos locais históricos de São Paulo como cenário para esses desfiles únicos e autorais. Vamos conferir quais tendências marcaram esses dias de evento?


Começando pelas cores, o que mais vimos nas coleções foi o cinza. Do social ao experimental, o tom passou a ocupar o lugar do preto na cartela de tons neutros, ganhando protagonismo. Já o vermelho e o verde também marcaram muitas coleções, principalmente com um caráter bem vibrante, juntamente com o boom das estampas que aparecem em formatos de oncinhas, geométrico e com escritos maximalistas, mas sempre carregando um ar lúdico e divertido dentro das coleções. A estamparia sempre aparece dentro dos desfiles nacionais, entretanto, de uma forma muito única e que carrega toda a nossa brasilidade autoral, representada por marcas como a Estúdio Traça, que explorou uma referência à estética do glam rock com oncinhas de maneira provocativa em sua coleção, e também pela Nalimo, que levanta a sua ancestralidade e amor por Pernambuco em um desfile multicolorido e carregado de expressões culturais.






Agora, falando das roupas, as silhuetas amplas foram marcantes, sejam elas em formatos mais leves ou através de peças mais rígidas e volumosas. O maximalismo ganhou força em vestidos, camisas oversized e casacos, aparecendo no desfile cheio de referências passadas da Herchcovitch, Alexandre, e também na moda urbana e desconstruída de Rober Dognani. As alfaiatarias também foram protagonistas, carregando formas e tamanhos diferentes, combinando a sofisticação das técnicas tradicionais com o design contemporâneo para criar visuais dignos de alta-costura, como foi apresentado na coleção da Ne Recycled, que adicionou características punks às calças, blazers e camisas. Já os detalhamentos foram tomados pelas texturas, bordados e franjas; em diversas marcas observamos esses códigos aparecendo em peso, trazendo um caráter ainda mais vivo para as peças e que brinca com o olhar do espectador através da criação de camadas e volumes.






São em eventos como a Casa de Criadores que percebemos o potencial da moda nacional e o talento dos nossos estilistas, que conseguem unir técnica, talento e criatividade suficientes para nos emocionar! Qual visual foi o seu preferido?
Beijos, H.